Carl Gustav Jung nasceu em uma aldeia suíça em 1875, filho único de um pastor da região. Depois de se formar em medicina, obteve uma pós-graduação trabalhando com esquizofrénicos de um sanatório de Zurique, onde se tornou admirador fervoroso de Sigmund Freud e pioneiro no trabalho com testes associativos. O desejo de conhecer o pai da psicanálise levou-o a Viena em 1907. A princípio Freud ficou encantado com seu novo discípulo e rapidamente o identificou como seu herdeiro potencial, o que o levava a perdoar facilmente a má conduta sexual de Jung com suas pacientes.
Apesar da admiração recíproca, havia importantes diferenças entre eles. Jung não concordava com o papel fundamental que Freud atribuía à sexualidade, discutindo que muitas das nossas necessidades básicas são religiosas e espirituais. No entanto, em 1912, as primeiras divergências entre Jung e Freud começaram a aparecer, logo se tornando inconciliáveis. A partir do rompimento com Freud, o analista suíço vivenciou um período de depressão e introversão, que o levou a trilhar seu próprio caminho no campo da psicologia. Em 1917, Jung publicou seus estudos sobre o inconsciente coletivo no livro "A Psicologia do Inconsciente" e, em 1920, apresentou os conceitos de introversão e extroversão na obra "Tipos Psicológicos". A partir daí, Jung construiu as bases da psicologia analítica, desenvolvendo a teoria dos arquétipos e incorporando conhecimentos das religiões orientais, da alquimia e da mitologia.
Sua produtiva carreira se materializou na publicação de dezenas de estudos, trabalhos, seminários e outras obras. Já octogenário, reuniu em livro as memórias de toda a sua vida. Carl Gustav Jung morreu aos 85 anos, como um dos mais influentes pensadores do século 20.